sexta-feira, 16 de maio de 2008

VENTO NOS PÉS


Rita Nunes


Vento nos pés é quase igual a amor correspondido. Aquela sensação única de que nada poderá ser mais prezeroso! Se não sabes do que estou falando, experimente! Go ahead!

Descobri desta arte assim, sem muito me dar conta de que sempre que repetia esse ritual do ventinho aos pés, algo se enchia de alívio dentro de mim. É quase como quando temos o coração repleto de paixão- quando temos sorte (sorte?!) de sermos também amados. Um gozo sexual. Lembre-se de não confundir gozo sexual com gozo genital e não insistam que sou pervertida!

Falo em sexo e não deixarei de ser uma romântica. Explico-me: faz parte da minha essência, inclusive, naturalmente, edipicamente speaking. Resolvi que deveria lidar com minhas paixões e estou aqui na tentativa de sublimá-las, tornando-me uma estudiosa-curiosa do gênero e sexualidade humana, movida por meu desejo de prazer: o colo do Pai, o beijo da Mãe, o afago do Homem.

Descobrir a si mesmos traz-nos um dever e um prazer. O dever pode nos dar o lado das lições e ouso citar rapidamente a clássica-máxima de Sócrates, "Conhece-te a ti mesmo". E o prazer? Aqui bastará descrever dois representantes do Meu prazer: o Amor pelos outros e o Amor por mim mesma. E neste último encontra-se a delícia sublime do vento nos pés...

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