segunda-feira, 21 de abril de 2008

EU RIO SOZINHA


Escrita em 02/05/06

Pode soar estranho foneticamente e na compreensão, mas é isso mesmo: eu rio sozinha, dou gargalhadas às vezes. Acho que tudo começou com minhas duas amigas loucas do intercâmbio, já que não tínhamos muito mais a fazer do que estudar American History ou fazer festinhas na beira do lago em Arkansas (adolescentes nos Estados Unidos não têm muito a fazer, então tentávamos ser o mais criativas possíveis, o que inspirou muito nossa imaginação). Também tenho sido bem estimulada na Arte do Riso Solitário quando leio 02 Neuronio (todo mundo sabe que sou fã delas, está até no meu orkut) ou quando vejo situações um tanto esquisitas na rua ou lembro de alguns papos no MSN. Mas pensemos: se a gente chora sozinho, que mal há em rir da mesma forma?
Sinto-me meio estúpida escrevendo isso. Não sei muito o porquê, já que rir faz bem à saúde; é até senso comum. Talvez seja por isso que a autora aqui se considere bem-humorada de forma geral (por isso não, mas deve ajudar né, tipo, quanto mais se ri, mais se segue rindo? Um viciozinho inconsciente??).
Enfim, quem de nós já não se pegou rindo sozinha que atire a primeira olhada nesta pobre psicóloga que vos escreve!! Bom, só se a pessoa for muito séria, ou muito triste, ou doente mesmo (neste último caso, que ninguém nunca quer se encaixar, ou mesmo nos dois anteriores, vá buscar uma boa psicoterapia!). Permitir-se divertir é o pré-básico do riso. E pessoas com muitas dificuldades emocionais não conseguem isso, pois devem estar infelizes. Soltem-se, soltem-se... e riam! Soltar-se e rir solitas então é o auge do sucesso pessoal! É superior. É divino. É uma arte em desenvolvimento (é a arte do estar de bem consigo mesma).
A autora confessa que fez um upgrade no show do Sebastian Bach&Friends em Porto Alegre (ei, o ex-vocal do Skid Row!). Riu e chorou e gritou e riu de novo. Sozinha-sozinha-sozinha. O insight veio depois, junto com o sentimento de superar barreiras;claro, contei à minha analista né:"sim, sozinha... a única de unhas vermelhas e sandálias, possivelmente...não, nem o namorado nem as amigas quiseram acompanhar..."). E me senti uma adolescente novamente.Talvez tenha sido por isso que ri e chorei tanto, importando-me mais com minhas emoções do que com o que os outros pensariam de mim: adolescentes estão mais perto de si mesmos do que adultos, já que suas personalidades estão sendo formadas. E nós adultos por vezes nos esquecemos de nossas essências...de nossas emoções...e de expressá-las (CUIDADO: isso pode causar neuroses complexas). Resumo: dizem que não podemos esquecer de nossa criança interior, quem dirá de nosso adolescente (que muitas vezes está reprimidíssimo ainda)...
PS: A autora confessa ainda que extrapolou nesse show (e completamente sóbria). Ela pensou quando chegou: "sinaizinhos de rock eu não vou fazerrr........." e, no final, estava emocionada junto com o povo ( VER 'SERÁ QUE ELE É?' e foto ao lado, opss, ela também foi ao hotel dar uma de tiete,à convite da banda -chiquérrimaaa- com amigas passantes que fez no final do show). Nem toda diversão demanda pretês...

APRENDA VOCÊ TAMBÉM A DOMINAR A ARTE DO RISO SOLITÁRIO:

a) Pare para respirar pelo menos uma ou duas vezes por dia, de forma profunda e consciente. Inspire, e solte né. Isso deverá deixá-la mais relaxada.
b) O passo seguinte é arranjar um tempo (nem que seja rápido, alguns minutos) ao ócio. Vagabundear faz bem à saúde também! (Foi num feriado sem namorar que fiz esta crônica e me senti produtiva!)
c) Aprendi no teatro que é importante pensarmos em coisas que acreditamos serem engraçadas. Uma elefoa bailarina de sainha rosa-bebê funcionou no meu caso (eu precisava dar uma gargalhada e eu era uma bruxa má!), principalmente quando transportei essa imagem ao meu rolinho da época(não preciso dizer que eu estava um pouco brava com o rapazinho...). Lembre de situações que te fizeram rir sem parar.
d) Não adiantou? Como boa psicoterapeuta, além de metida à cronista, preciso te encaminhar à uma avaliação psicoterapêutica. Busque ajuda competente e diga: "um de meus sintomas é que não consigo rir". E vá atrás da graça da tua vida!

2 comentários:

Rafael disse...

Eu conheco esse texto... hehehe
Ai o!! Parabens e bem vinda... quando te conheci insisti para que fizesse um... demorou... mas enfim esta aqui... OTIMO!!!
Quero mais! Estou com sede dos teus textos...Bjo.

Unknown disse...

Ritinha!!!! Mesmo sendo chamada de "amiga louca" AMEI seu texto, aliás, você já tinha me mandado algumas coisas há um tempão e eu tenho que dizer: ADORO LER SEUS TEXTOS!! Adoro mesmo!!! Já li quase todo seu blog! Amiga, estou com muita saudade e ela aumentou com a citação no começo do texto - festinhas a beira do lago em Arkansas!!! Mil beijos da eterna amiga que te ama muito, Dedé. PS: Eu e Mzinho vamos casar dia 18 de outubro! Você vem, né???